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When you focus on the good, the good gets better
Adoro Cheesecake!
Sou capaz de conter um sorriso mas incapaz de resistir a uma boa sobremesa. E se os meus olhos se cruzarem com um cheesecake, não escapa.
Tive a sorte de a vida me presentear com duas maravilhosas receitas, uma das quais do célebre american cheesecake, e tenho entre a família e amigos alguns fãs que, de tão especializados, determinam as suas coberturas de eleição, entre frutos silvestres, morangos, pêssego, manga...
A base de bolacha e o recheio assente em cream cheese, ovos e açúcar, é muito apreciado pelos americanos - curiosamente, tive as minhas melhores experiências em Nova Iorque e Viena de Áustria, onde provei duas execuções maravilhosas, tão saborosas que ainda recordo.
Apesar de serem variadas as soluções que associam queijo em forma de bolo a fruta, como a festiva pastiera di grano (do sul de Itália) ou a paskha (do leste europeu), as que mais aprecio são as que seguem a receita americana, exigem forno e têm por base o queijo Philadelphia.
Gostos à parte, o importante é a experiência de fazer deslizar a colher numa delícia como a da fotografia (tirada no restaurante The Prime, que conheci há algumas semanas) e que, confesso, me deixa maravilhada e pronta a um sorriso rasgado, daqueles que damos quando a vida nos sorri.
Há boas receitas por aí? Vamos partilhar?
And so the adventure begins
As minhas manhãs não "arrancam" verdadeiramente sem um ou dois bons cafés.
Com crianças em casa os dias começam cedo, começam ativos, enérgicos, cheios de conversas e de indicações quanto a banhos, dentes a lavar, roupas a vestir, camas a fazer...
Confesso que não sou de ferro e preciso de um bom pequeno almoço e, habitualmente, de um ou dois cafés Nespresso para ser capaz de dizer um convicto Bom dia!
Nestas férias de verão, a minha mãe - que é uma mulher de energia inesgotável e enorme sentido prático - resolveu dar tempo às manhãs e aquecer-me o coração com sabores do passado, aqueles sabores de conforto que uma boa chávena de café é capaz de garantir.
Chávena grande, sabor quente e o gosto de um café preparado pela mãe fizeram as minhas delícias.
Regressada a casa, não perdi tempo e visitei a Casa Carioca, no Chiado, em Lisboa, uma das poucas lojas que ainda conheço com café acabado de moer, onde comprei uma bela quantidade de café e garanti a experiência mais próxima do carinho da mãe na minha própria casa.
Hoje, ainda cedo, enquanto as crianças dormiam, recuperei o prazer de uma chávena de café de mistura e saborei-a entre duas ou três páginas de "A Mancha Humana", de Philip Roth. Quem tem crianças pequenas sabe que a leitura é um prazer difícil de alcançar, mas entre o adormecer e o acordar a história vai-se desvendando. Bom dia e boa sorte!
A vida é uma aventura maravilhosa!
Um domingo que deveria ser de passeio com amigos e visita a uma exposição foi substituído por um programa caseiro. A história é simples. A MT acordou febril e em tempos de pandemia todos os cuidados são poucos. Decidi ficar por casa e entreter as crianças com a preparação de um lanche que acabaria por se tornar num dos pontos altos do dia.
As panquecas estavam garantidas (segui a receita da Bimby), as compotas estavam selecionadas, as framboesas e os mirtilos, antioxidantes de eleição, estavam em tacinhas (tarefas simples para as crianças) e prontas a completar o recheio mas... faltava um complemento, faltava o cheiro a bolo acabado de fazer que perfuma a casa e nos faz viver com mais intensidade o final de um fim de semana.
Entre chocolate ou maçã, a escolha recaiu nesta última e na receita preferida de uma das minha filhas. Bolo de maçã é com ela!!
Habituei-me a encomendar frutas e legumes à Confraria da Horta e as maçãs do último cabaz eram muito, mas mesmo muito saborosas. Por isso, não restaram dúvidas. Nada poderia ser mais simples.
De mangas arragaçadas e avental colocado, em 5 minutos estava tudo preparado. A massa, recheada e coberta de maçãs (as crianças saboreiam o bolo, mas também uma forte dose de fruta), estava pronta a entrar no forno, deixando tempo para preparar uma mesa bonita.
Com as crianças entretidas a vestir e a despir vestidos de princesas, a calçar e a descançar os pequenos sapatinhos de brincar, o nosso lanche foi ganhando forma e nós fomos ganhando apetite.
Confesso que o sol brilhava para lá da janela e desafiava a um passeio, mas a decisão de um domingo caseiro foi acertada e muito, mas mesmo muito, reconfortante. Brincámos, rimos, fomos visitadas por duas amigas, acompanhadas pela Lua, uma amiga de quadro patas, barrámos panquecas e, no final, saboreámos o nosso bolo de maçã.
Em final de dia, a última porção acompanhou a leitura de Pinocchio, de Enzo d'Alò (edição da Rizzoli), um livro belíssimo, oferecido pelo tio Manuel, que nos recordou a história do menino de nariz traiçoeiro e encerrou o fim de semana com a certeza que a vida é uma aventura maravilhosa e quando estamos juntas nenhum dia se torna sensaborão.
Quanto à receita do bolo... fica para outro dia. O que vos parece?
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