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Os pequenos-almoços de fim de semana são, muitas vezes, o momento ideal para preparar mimos para a família e se há coisa que adoro é ouvir a minha filha dizer "- Mãe, está tão bom!"
Quando acordo mais cedo (o que acontece com frequência a quem tem filhos pequenos) uma das receitas que ponho em prática é a das Queijadas de Leite. Além de muito rápidas de fazer, fazem as delícias de todos, dos miúdos aos graúdos.
Ingredientes simples, um perfume a raspa de limão (ou laranja) e forminhas de papel coloridas garantem que, em poucos minutos, temos o primeiro tabuleiro no forno e, logo após, pequenas queijadas prontas a acolher o primeiro a despertar.
A receita é muito simples:
400 gr de açúcar
2 ovos
100 gr de farinha
1/2 litro de leite (que deve juntar-se aos restantes ingredientes a ferver)
50 gr de manteiga
raspa de limão
Com a casa perfumada pelas queijadas acabadas de fazer, pouco demorará para que os pés pequeninos lá de casa dêem corridas rápidas até à cozinha e para que, uma a uma, as queijadas desapareçam enquanto dão os bons dias a cada um de nós.
Quando eu tinha a idade da minha filha mais velha, a minha mãe preparava-nos pãezinhos de marmelada. Saboreáva-os à saída do forno - soprava até que a marmelada arrefecesse a ponto de poder ser trincada - e deliciáva-me com um sabor que só a minha mãe conseguia alcançar.
Ainda hoje, apesar de raramente, alguns lanches de inverno contam com estes pãezinhos e a experiência de os provar remete-me à infância e à atenção prestada ao forno aguardando nova fornada. Se as minhas filhas preservarem uma destas memórias, então as Queijadinhas de Leite terão cumprido (ainda melhor) a sua missão.
"Pois há tempo de rosas, outro de melões e não comereis morangos senão na época de morangos"
Clarisse Lispector
Se há coisa de que gosto é de celebrar a vida. Vivê-la, senti-la, experimentá-la e, claro está, saboreá-la... de preferência em dias de sol aberto, radioso e inspirador.
Em Lisboa, a probabilidade de viver dias luminosos é enorme e é precisamente nesses dias (como o de hoje) que me sinto revigorada e determinada a fazer um milhão e meio de coisas na próxima hora e meia.
A primavera chegou finalmente. Chegou fria mas chegou. E com ela chegam outros sabores - como o dos morangos, que me encantam em bavaroises, tartes, sumos, doces e geleias, cobertos por iogurte e mel... assim como na sua versão floral (integram a família das rosáceas), chegam cores renovadas, como a das sardinheiras ou buganvílias que abrilhantam as casas, e chega a energia imensa sempre associada ao recomeçar de um ciclo.
Seguir-se-á o verão, o mar (a sul) e uma predisposição ainda maior para boas gargalhadas, mergulhos e ensaios gastronómicos e para afirmar esta vontade imensa de viver!
Vou 'perder-me' no meu livro de receitas na expectativa de que o doce sabor a morango invada a cozinha... e a minha vida.
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